Há muitas gerações
Existiu em Portugal
Luís Vaz de Camões
Grande poeta imortal.
Seu nome ficou na história
Por ser grande de verdade
Perdurará na memória.
Por toda a eternidade.
Este homem do passado,
Na poesia um primor
Por todos será lembrado
Por ser grande o seu valor.
Não foi mau, não foi perverso
Foi apenas folgazão
Da sorte teve o inverso
Sem nunca ter perdão.
Nunca foi agraciado
Com faixas ou com medalhas.
Foi apenas castigado
Por seus erros e suas falhas.
Por damas ele lutou,
Era esse o seu pecado;
O seu olho mutilou
Para sempre ficou marcado.
Dinamene foi aquela
A mulher que mais amou,
Triste sorte foi a dela
Quando no mar naufragou.
Camões não pereceu
Nessa tragédia fatal
Sua vida não perdeu
Nem a sua obra imortal.
A Camões quem o diria.
Depois de ser desprezado
Que alguma vez haveria
Por ele um dia feriado.
Nunca lhe deram amor,
Sempre o desprezo levou,
Só hoje é que dão valor
À obra que nos legou.
À obra que nos legou.
Nasceu pobre, muito pobre,
E sempre pobre viveu,
Por não ter uma alma nobre
Na velha enxerga morreu.
Sua obra literária,
A maior de toda a história,
Real ou imaginária
A Portugal deu glória.
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