quinta-feira, 18 de junho de 2009

Fitas


Este, conjunto de fitas pintei, para dar á minha sobrinha quando ela fez a 1ª comunhão. Foi um pouco á pressa visto ser na véspera já á noite, quando cheguei da igreja.


Aqui é a capa.
E depois pintei uma para cada um dos familiares paternos.
















terça-feira, 16 de junho de 2009

Poema a Santa Luzia




"Há muitos anos passados
No mundo existia
Uma jovem encantadora
O seu nome era Luzia
Um moço apaixonado
Casar com ela queria
Conversando foi dizendo
Que lindos olhos tem
Eu queria seu amor
E seus lindos olhos também
Mas Luzia respondeu
Esses olhos são seus
Mas casar não me convém"
E se ela amar ao jovem
Eu não desprezo amor
Porque é a graça divina
Que no mundo Deus deixou
Se você quiser meus olhos
E achar que tem valor
Neste caso é diferente
Apanhe-os de presente
Para consolar a sua dor
Vendo ela arrancar os olhos
Pensou que estava fingindo
E virou-se para ele
foi entregando sorrindo
E o rapaz foi apanha-los
Com as lágrimas caindo
Quando olhou para Luzia
Em seu olhos ele via
Outros dois olhos mais lindos
Pôs o joelho no chão
Disse o jovem apaixonado
Perdoe Santa Luzia
Eu percebi que estou errado
Peço a nosso senhor
Perdoai o meu pecado
Perdoe santa bondosa
Por eu cobiçar uma rosa
Que é do reino sagrado
O rapaz foi perdoado
Ouvindo a santa dizer
O amor não é pecado
Você apanho-o sem saber
Seu pedido não atendo
Não lhe posso  pertencer
Mas tenha fé em Jesus
Que terá a minha luz
Para sempre o proteger.





segunda-feira, 15 de junho de 2009

Quadros

Quadro em três dimensões.
Pintura em tecido.





terça-feira, 9 de junho de 2009

Garrafa

Garrafa pintada com tinta de estanho.


Esta garrafa de , foi o nosso patrão da suiça que a deu ao meu marido.O Mr Grange.


Do outro lado tem, o rótulo com o nome, do vinho e o ano de engarrafamento.(1980).


Fraldas

Fraldas para o Diogo


Esta tem o picô de Lérias.

Esta tem a finalizar este entremeio, com fita passada.

As duas para se ver a diferênça.



quinta-feira, 4 de junho de 2009

Mastros

Mastros Populares


Mastros Santos e Populares Junho, mês dos Santos Populares, a tríade Santo António, São João e São Pedro, e nós quase nem demos por isso. E quase nem demos por isso porque os folguedos populares com que se cultuavam os ditos quase não existiram. A forma tradicional de cultuar estes santos era através dos bailaricos que se celebravam em torno de um mastro e se mastros houveram, erguidos em bairros de cariz mais popular, tão discretos foram os folguedos em torno deles celebrados que passaram despercebidos.Estranha forma esta de prestar culto a tão dignos e veneráveis membros da hagiologia católica, práticas cultuais que só podiam passar por licenciosas aos olhos da severa moral cristã. E os ritos celebrados em torno de um símbolo fálico, que é exactamente aquilo que o mastro representa, tantas voltas levaram que vieram a descambar num mais aceitável culto a uma trindade de santos apelidados de populares.Anos há, e não muitos, em que os mastros animavam as noites quentes de Junho e as comissões de rua e de bairro, espontaneamente criadas, rivalizavam no erguer do mastro mais catita. Depois, bem depois estas festividades foram perdendo fôlego, novos hábitos surgiram, os mastros populares concedendo subsídios às comissões promotoras e atribuindo prémios aos melhores. Eram animados por conjuntos musicais e dançava-se ao som de, imagine-se, muitas, à luz de um lampião a petróleo, dançavam ao som das modas que eles próprios cantavam: "Quem anda no meio é bem bonitinho, para namorar tem todo o jeitinho..."
Hoje em dia, e com a evolução dos tempos dança-se ao som de CDs ou com um organista. Os mastros houve dias, em que não se faziam com tanta intensidade quando da guerra colonial, pois havia poucas famílias que não tinham alguns dos seus familiares na guerra. Era uso em tempos que já la vão as “moças” que tinham namorado e as que não tinham fazerem-se acompanhar por uma mulher casada. Só iam aos mastros se fossem acompanhadas.
Só assim se vê a evolução dos tempos, que os mastros hoje em dia não são para a juventude, que para eles há outras ”cenas” para se divertirem.
Parece vivermos num portal da História, em tempos que já não são mas cujo rosto futuro não nos é ainda perceptível. A caminhada iniciada com a revolução neolítica estará a chegar ao fim. Que nos sintamos privilegiados por vivermos estes tempos e não nostálgicos por um tempo que se foi e não regressará. Ergamos a taça aos tempos vindouros.



Deixo-vos aqui algumas das quadras que os pares cantavam, e que por vezes eram a despique, dando por muitas vezes em conflitos.


Tenho corrido mil terras
Cidades mais de quarenta
Tenho visto caras lindas
Só a tua me contenta.

Limão é fruto azedo
Que do verde-escuro nasce
Eu não deixo o meu amor
Por muitas penas que eu passe.

Ó amor paga a quem deves
Que a mim não deves nada
Só me deves a amizade
Que é coisa que se não paga.

Valha-me santa Vitória
Que é a mãe de São Joaquim
Eu a fugir da desgraça
E ela sempre a traz de mim.


E a Despique
Ele:
Ó alta serra de neve
De onde o penedo caiu
Ninguém afirme o que não sabe
Nem diga o que não viu.
.
Ela:
Tenho ouvidos não oiço
Tenho boca e não falo
Tenho para dizer e não digo.
Por minha honra me calo

Ela:
Coitado de quem é “nesso”
Todo o mal contigo tem
Em vendo rir e cantar
Julgam logo que lhe querem bem.

Ele:
Tu chamaste-me a mim “nesso”
E eu por mim reconheço
Deita-te aos pés da minha cama
E verás onde eu amanheço.


Cantiga para um sapateiro.


Ela:
Faça lá esse sapato
Dai-o a quem quiser
Que maricas como você
Não merecem ter mulher.

Ele:
Mais valia ser um burro
Tar bebendo num chafariz
Que tar ouvindo razões
Que esta porca me diz.

Os três Santos Populares

A nossa Padroeira


Santa Luzia

Santa Luzia, padroeira da nossa paróquia.

Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimónio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo. Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304. Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, actual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de Dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Saragoça, que a venera no mês de Maio também, e que a imagem é precisamente igual á nossa.

Versos a Santa luzia.

Além do brilho do sol
Que é fonte de energia
Festejar santa Luzia
Aumenta a nossa alegria.

Viva a festa, viva a festa
Senhora Santa Luzia, sois a nossa padroeira
Senhora de encanto e luz
A vossa magia só amor traduz.

Senhora santa Luzia
Nossa mãe clemente
Protegei a vila de Pias
Iluminai a nossa gente.


Para que quero eu os olhos
Senhora Santa Luzia?
Se não vejo o meu amor
Nem de noite, nem dia.

Senhora que és padroeira
Da nossa terra hospitaleira.








quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ermida de Santa Luzia


Ermida de Santa Luzia.





A Igreja Matriz ou Ermida de Santa Luzia fica localizada na freguesia de PIAS, a cerca de 2,5 km da vila de PIAS, no Vale da Amoreira. A Ermida tem um enquadramento rural, fica relativamente isolada da vila de PIAS. Está rodeada por terrenos agrícolas, junto ao antigo cemitério.Esta ermida foi provavelmente construída durante a Idade Moderna, ou seja em finais do Século XV e ou princípio do Século XVI, mas ao certo não se sabe a data da sua construção nem quem a mandou construir. A lenda conta-nos que andavam uns pastorinhos que guardavam os seus rebanhos quando foram surpreendidos com o aparecimento de uma linda senhora. Como os pastores ficaram muito admirados com a aparição, a senhora sossegou-os dizendo-lhes que se chamava Luzia e que fugira de Saragoça, onde se encontrava em guerra e pediu-lhe que ali fosse erguida uma igreja da sua invocação. Os pastores foram logo dizer á povoação o que tinha acontecido.
O povo pensou construir a igreja num sítio alto, só que , sempre que queriam transportar os materiais de construção para o cabeço, as carretas partiam-se ao passarem por o sítio da aparição . Até que o povo decidiu fazer como queria a santa e o vale passou a chamar-se, Vale de Santa Luzia.
A lenda diz-nos também que os espanhóis depois de acabar a guerra vieram buscar a imagem para Saragoça e os habitantes da freguesia mandaram fazer outra igual.No entanto rezam as crónicas de que, quando D. Nuno Álvares Pereira por aqui passou numa visita que fizera ao Convento do Carmo de Moura, este foi mandado parar por um grupo de pessoas do lugar, que lhe pediram ajuda para a reparação da ermida, ao que D. Nuno Álvares Pereira ( O que é hoje , Beato Nuno de Santa Maria) acedeu dando-lhes um saco de dinheiro. Pensa-se portanto que poderá ter sido D. Nuno Álvares Pereira que mandou edificar a ermida.






A ermida é constituída por uma só nave abobadada, possuindo pilares de apoio de arco triunfal com bases e capitéis manuelinos e de uma pequena sacristia coberta por uma abóbada. Possui também uma fachada com sineira lateral.
A ermida tinha quatro altares:Altar-mor de talha dourada, no qual estavam o Senhor Jesus, a Senhora da Assunção (Santa Maria) e Santa Luzia.Altar do Calvário com um grande Cristo crucificado.
Altar de São Luís assistido do Patriarca São Francisco e da gloriosa Santa Bárbara.Altar das Santas Almas que constava da assistência de Santo André e São Miguel, tendo ao fundo uma pintura de Nossa Senhora do Carmo.Nas paredes ainda se vêem os restos de uns frescos (que foram indevidamente caiados) representando Santo André, Nossa Senhora da Assunção e a visita de Nossa Senhora Santa Isabel.Além do antigo cemitério, hoje abandonado devido à construção de um novo junto da vila, existe ainda uma casa em ruínas que serviu de residência aos ermitões. Local onde hoje se faz o leilão de oferendas a São Luís (Padroeiro dos animais). Nos dias de hoje, a ermida só tem vestígios, do que foi no passado a ermida, porque até o sino foi roubado, bem como os outros bens.

Ermida de Santa Luzia
Tás muito bem situada
Já te roubaram o sino
Já não dás mais badaladas.

Já não dá mais badaladas
Em dias de romaria
Tás muito bem situada
Ermida de Santa Luzia.

A tua igreja matriz
Hoje está muito velhinha
Já não tem as suas pinturas
Está agora caiadinha.

Uma missa é celebrada
Uma vez por ano na matriz
Na presença da imagem de Sª. Luzia
E em honra de São Luis.

Fotografia da ermida.